domingo, 29 de junho de 2008

Saudade

E fiquei assim...
Deixei que todo o sentir tomasse conta de mim.
Deixei-o fluir e fazer os estragos que entendesse no meu ser. Cada ferida, cada chaga...cruelmente cravada, sem reacção, sem oposição.
Silenciosamente, apenas lágrimas de um choro que não sabia ser possível chorar.
Podes vir, saudade, com tudo aquilo que tens e não te conhecia, sem o embelezamento que te faz única no português.
Fere-me e arrebata-me! Deita-me ao chão com essa violência difícil de suportar.
Chorarei agora todas as lágrimas de sangue...até que o tempo torne as feridas em cicatrizes, nas quais passarei as mãos e sentirei a macieza, no meio das doces lágrimas que chora a terna saudade...

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