domingo, 27 de julho de 2008

Finalmente...O Abraço!!

Há coisas que se guardam para nós e não se partilham...

Hoje tive um sonho maravilhoso, daqueles tão pessoais e tão intensos que, mesmo que quisesse, não o conseguiria partilhar.

Qualquer mãe e qualquer filha, sabem a ligação que as une, aquela ligação tão natural e tão pura como o próprio respirar e bater do coração. Tão bonita, que qualquer palavra no dicionário, qualquer termo inventado, é medíocre para adjectivar tal sentimento.

Mas há coisas que quero dizer, para me lembrar quando me sinto pior e para que quem me lê, possa encontrar também o consolo que hoje sinto.

Sinto-me leve e agradavelmente comovida. Transbordo hoje amor e recordação.

Nos últimos tempos tenho pensado mais nela do que nele. Porque me custou mais consciencializar da partida dela, e porque com o meu pai, a relação que tínhamos aqui era já de tal forma física e emocionalmente aberta, que nada, nada, ficou por resolver. Mas com a minha mãe, o abraço e a declaração de verbal de sentimentos era mais difícil. Maior dificuldade em pedir desculpas e em manifestarmos fisicamente o amor uma pela outra. Ou, talvez, ainda, porque não tive oportunidade de a abraçar uma última vez...a verdade...é que havia aqui um vazio no meu coração, que finalmente pude preencher.

Hoje...muito mais que um sonho, o sono deu-me uma prenda de Deus....deixou-os visitar-me durante a noite. Ele sorriu o tempo todo e observou, deixando-nos fazer o que faltava. Abracei-a com tanta força, num abraço que a forma física não permite. Não quero falar disso, porque é meu e só meu, e também não precisa de escrita para ficar gravado, já está colado na minha memória, com uma intensidade impossível de quebrar.

Mas quero dizer a todos os que acreditam, que eles estão bem e felizes. E quero dizer aos não crentes, que tenham fé. Não é preciso acreditar num Deus católico, ir à igreja, para esta fé que vos falo. Mas imaginem a força que dá, saber que eles permanecem neste mundo, saber que os posso ver e que sei que os irei voltar a encontrar, num sítio onde a dor não existe, e tudo é amor.

Hoje estou leve e feliz. Abracei a minha mãe e o meu pai e isso, é felicidade que não se mata.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Teresa

Desisto de procurar...faltam-me as palavras para dizer o que mereces. Desde que iniciei este blog quero escrever sobre ti.

Mas sabes que é difícil escrever sobre o que sempre se conheceu, embora agora eu desfrute da minha parte e da parte dela. É muita amizade e ela transborda, atropelando-me as palavras e os pensamentos.

A minha mãe sempre me disse: "Não há amiga como a Teresa Gato".
Nunca duvidei...mas agora sei-o, tão profundamente interiorizado, como qualquer outra raiz de amor fixa no meu coração.

Não se explica, transborda de verdade como naquele abraço à Joana, que só nos sabemos ler, grita na voz, nos olhares, nos gestos...no consolo do meu coração de cada vez que me ligas e pareces adivinhar o que me vai na alma... ...e isso não sei escrever....

Sabes...por vezes quando ouço o tlm e vejo o teu nome...tantas vezes na precisa altura em que me apetece ligar-lhe e se me crava a chaga do saber que não posso...penso...foi ela...

...e sei que ficou aqui, em parte, na mãe que vejo em ti

terça-feira, 8 de julho de 2008

Amor


E foi assim, inesperadamente, que a felicidade abstraída voltou a cumprimentar-me.

Várias vezes, durante largos minutos daquela tarde, esqueci-me da ausência. Diverti-me, sorri, gargalhei, como à quatro meses e meio não o fazia. A melancolia que entre-cortou esses sorrisos, foi terna e bela. Estavam lá, sei-o porque o senti...nas memórias de um tempo que o relógio da vida não pode apagar. Nos abraços, beijos, olhares de uma cumplicidade que a vida nos deu e sabemos todos não ser possível perder...jamais.

O teu olhar, minha Tucha, naquele momento em que passámos para ti uma prenda de amor, símbolo de uma felicidade cúmplice, casada muito além de um registo de conservatória, e que desejamos para vocês dois...mágico, inesquecível, um agradecimento mudo que só o coração sabe falar e ler. O meu ser está cheio por esta entrega que sinto ter sido um desejo partilhado por quem o deu e por quem o usou antes de ser teu. Será sempre, no teu decote, muito mais que o brilho do metal...tu sabes.

Quando desceste aquelas escadas...o mundo parou. Fiquei tão feliz. As lágrimas correrem-me...mas de felicidade. Não pensei que faltava alguém...eles estavam lá e pude sentir-lhes as mãos unidas nas minhas, as bocas que te beijaram comigo, os olhares ternos e orgulhosos de quem vê as juras de felicidade de uma menina que era como sua filha.

O abraço da minha Cebolinha, da minha Ana e do meu Beto...tanto dissemos naquele aperto, muito mais do que o que se pode ver ou tocar, mas que todos sabemos estar lá.

Foi uma tarde e uma noite maravilhosas...tudo foi lindo.

E minha querida, irmã, o teu gesto...o teu "boquê"...é mais que alguma vez qualquer "longe" ou "tarde" pode da minha memória apagar.

OBRIGADA!!


Para ti, para vocês, família, TODA A FELICIDADE que este mundo possa albergar!