segunda-feira, 4 de maio de 2009

Talvez tenha sido a vontade de ser mais do que aquilo que escrevo
Encontrar a verdade do que penso e sinto
Encarar o mundo sem esta bengala que apoia a tristeza que vivi
Descobrir o que me tornei, encontrar o que ficou em mim
Talvez tenha sido o egoísmo de pensar só em mim
De não contar a ninguém o que sinto, como estou
Fechar o casulo sem me deixar derramar sobre o papel
Talvez tenha sido a necessidade de encubar os pensamentos, os sentimentos
Deixá-los ser antes de os fixar no écran, poder lê-los antes de saírem de mim
Talvez tenha sido a necessidade de me olhar de frente e ver o bom e o mau
Talvez tenha sido a a vontade da desculpa do cansaço
Talvez tenha sido a necessidade de voltar a sentir saudades do ritual
De encontrar aqui os meus poetas, sarar as minhas feridas com as suas palavras
Iluminar-me com as palavras dos que amam e retribuem o que dou de mim
Talvez tenha sido a vontade de não saber o que escrever quando venho aqui
Sentir aquela sede de deixar escorrer as palavras por mim
Talvez tenha sido a necessidade de deixar o tempo passar
Permitir ao comboio engatar nos carrilhos e levar-me ao destino
Talvez tenha sido apenas o não me apetecer

Não sei o que foi
Mas sei que precisei que fosse assim
Só eu, com o tempo que teimei em não deixar passar por mim

4 comentários:

Ego. disse...

Talvez fosse tudo isso ou nada disso...
Mas que bom que vc tá aqui, enobreço com suas palavras e aprendo com sua sabedoria!!!

Um beijo alegre minha amiga querida FI*

Sónia disse...

Nós precisamos de ti. Sem quaisquer talvez, digo-te: nós precisamos de ti!

Salve Jorge disse...

Talvez tenha sido
Dessa vez
O movimento do vestido
Ou a sua altivez
O frescor da tua tês
Já que não houve tempo perdido
Afinal nem tudo pode ser lido
E como ninguém faz
Como você fez
Eu espero essa paz
Que você trás
Mesmo que seja uma vez no mês
É no teu português
Que acho essa cais
Entre tanto pode ter sido
Me sinto menos perdido
É um algo mais
Quase indevido
Quando me lês...

Edu disse...

Já tinha saudades das tuas palavras ... mas também respeito os momentos em que, por qualquer razão, elas não fluem...

Nem sabes como fiquei contente ao descobrir que voltaste! Sinto-me mais perto, mais protectora!
Obrigada pela tua presença!

Beijinhos grannnnnndes!