quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Até onde podemos adiar a vida?

Ás vezes é assim, estranho.
São dias sem sol nem lua, sem bonito ou feio, sem frio ou calor...sem alegria ou dor.
São e pronto.
Acordam e adormecem sem somar minutos.
O corpo inerte caminha sem andar, olha sem ver, acontece sem viver, vive sem aproveitar.
E depois, o hoje já é amanhã e há tantas coisas que ficam adiadas para um futuro sonhado ontem.

Até onde podemos adiar a vida?

Estou assim, presa num passado do qual não me quero libertar.
Qual menina mimada, apetece-me bater o pé e fazer birra.
Não me apetece encarar a vida como ela está.
Mas não o sei fazer....
Acordo e tenho vontade de viver.
Sonho com um futuro limpo, optimista, sem me arrepender.
Raízes profundas, sentimentos fortes, valores solidamente incutidos.

Não sei sair de mim.

Sou a força dela com o coração dele.
Não me sei zangar, não sei culpar, não posso conter em mim revolta.
Sou a vontade de andar sem olhar para trás.

Mas não sei sair de mim.

Tenho medo de avançar e medo de ficar parada.
Sou rio que tem medo da foz.
Não quero ser lago, nem tempestade de mar.

Até onde podemos adiar a vida?

Estou meio perdida
Tenho medo da vida,
Mas muito mais temo,
Que com o meu bilhete de ida
Fique a ver passar a vida
...sem a viver!

2 comentários:

Anónimo disse...

A vida não é para ser adiada,mas sim vivida! Olha em frente e solta esse teu lado de força para Viver!Luta pela felicidade sem receios!
Bjinhos de amizade

Ego. disse...

Estou meio confusa ultimammente, assim cm vc, mas sigo em frente, segui tb viu...

Um bj de força!