domingo, 13 de abril de 2008

Tempo

Hoje fui ler, pela milésima vez o blog do Bruno...
Leio e releio, vezes sem conta a última msg que lá escreveste...porque ela assenta tão bem no q sinto!

Sempre te reconheci esse dom da escrita, de em textos curtos, sem floreados, pintares uma beleza e objectividade de sentimentos, que tudo dizem.

Olhei para a data e vi que foi escrita na véspera do teu pai...(desculpa, custa-me usar a palavra). Lembrei-me de quando me disseste que apesar de toda a conjectura, nada nos prepara para aquele momento. Nada. Pois não...
Na verdade, acho que nunca acreditamos, apesar de termos certeza.

Reparo que usas, na véspera e perante a verdade que descreves apresentar-se diante dos teus olhos, a palavra "provavelmente".
Porque será que,apesar de sabermos q eles devem ir antes de nós, achamos sempre q eles são imortais?!
Será que o sinto por a vida não nos ter dado o tempo que seria esperado...ou será que, seja o tempo aquele q for, será sempre curto demais?

Perante todas as certezas, n conseguimos abandonar o "provavelmente"?
E, ainda depois da verdade acontecida...não acreditamos...por muito tempo...

Lembro-me da msg q te enviei...e choro. Por ti, por mim...por eles

Lembro-me do poema do bruno nogueira...e penso nas rugas que não vamos ver...isso sim, rasga!

Tempo...
Tempo que dizem ir ajudar...
Para já não tem ajudado...

...É demasiado curto para acreditar que já não existe e demasiado longo para a saudade que teima em aumentar.

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