Não são pensamentos novos, é verdade. Tenho pensado sobre o assunto, bastante.
Atormenta-me a ideia de só conseguir escrever sobre...sobre isto...e sobre o que isto fez de mim.
De só conseguir...ou de não me permitir...
Assusta-me a ideia de me habituar a viver com esta ausência!
Pronto! Disse-o! É esta a verdade. Tenho medo de abandonar a dor, como se de alguma forma ela me permitisse não abandonar o capítulo da minha vida que encerrou.
Não sei se as guias das minhas asas ainda não voltaram a crescer...ou se serei eu que não me deixo voar.
Na verdade, ainda não me permiti a tentar.
Há respostas que ainda não encontrei. Há perguntas que ainda não me atrevi a fazer...
E AGORA?
Hoje li algures "Não é verdade que o tempo cura todas as feridas. Elas permanecem lá. O tempo apenas lhes coloca uma cicatriz por cima, atenuando a dor que elas provocam".
Vou pensar sobre o pensamento...Sei que o longe é do tamanho do meu olhar...
Talvez um dia destes eu abra a porta à vida...
Talvez um dia destes me lance no horizonte das incertezas...procurando as respostas que o a terra firme esgotou.
Talvez um dia destes te surpreenda, quando, ao me leres, olhares para cima e me vires de asas estendidas.
Então sei que estarás sorrindo, orgulhosa da tua gaivota rebelde, que não se conformou.
E no teu coração estará a alegria de saberes que, mesmo de asa partida, ela tentou!
2 comentários:
Abre
QUem sabe
Não tem vida que não cabe
Do outro lado
Um fado
Pro teu brado
Pra que não se acabe
Continue tão perfumado
Todo chão por ti pisado
Que a vida
Tanto é indefinida
Quanto pode ser atrevida
Pra quem se joga
Se afoga
E só roga
Por mais
Pois que há dor
Sempre há
Tanto faz
Mas paz
Só lá
No além
No infinito
Onde jaz tudo que foi dito
Junto ao dito querer-bem...
Querida,
estou eu de cá a torcer sempre por ti!!!
Abre tuas asas,
abre teu sorriso,
que nós agradecemos a Deus pelo teu vôo, pela tua vida e por tamanha sabedoria!!!
Um bj de saudade!
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